quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Vampirismo (pt2)


Há quem diga que obtemos também energia de outras fontes sem ser
os alimentos, porém não vejo a priori como isso seria tão determinante
quanto os alimentos.
Por exemplo a hipótese de que receberíamos energia do Sol por
exemplo é até viável, ao pensarmos que alguns processos em nosso
organismo são acionados através do contato com o sol, com a síntese
de Vitamina D, logo, alguma influência outros elementos além da
alimentação podem ter em nossa vitalidade.
Voltando a linha de raciocínio, o Vampiro por ser diferente dos demais
seres vivos não conseguiria obter sua vitalidade através da alimentação
como normalmente a conhecemos.
Nesse ponto é interessante observar que TODOS os nossos alimentos
provém de outros seres vivos, ou seja, já foram vivos em alguma
forma.
Seja a carne que você mastiga que já foi um boi, seja o pão que você
come que já foi trigo, logo um ser vivo, ou mesmo o fermento que o fez
crescer que veio de um processo bio-químico de fungos, que também
são seres vivos.
Isso remete-nos a cadeia de alimentação. Um ser vivo alimenta-se de
outro, um ser come a vida de outro ser.
Interessantemente pensando assim é necessário que um destes seres da
cadeia alimentar não se alimente de outro ser vivo, uma vez que se
assim o fizesse a cadeia seria infinita.
Não consigo pensar em outra coisa a não ser nas plantas. Ela retiram
seus nutrientes do solo (coisas inanimadas) e do Sol. Novamente
interessante o retorno da Energia provinda do Sol e logo de outras
fontes sem ser os alimentos.


Ainda não tenho base para escrever mais sobre isso, porém
futuramente pretendo analisar mais afinco tal questão, afinal se o Sol é
capaz de “dar vida” e vitalidade há uma planta, talvez de alguma
forma influa em nossa vitalidade também (o que me faz lembrar da
“energia” que as vezes nos desperta num dia ensolarado ...)
Retornando a questão, Vampiros são seres que não conseguem obter
vitalidade dos mesmos meio que os demais seres (logo o que os
diferencia), razão pela qual necessitam fazer-se mão da tomada de
vitalidade por outros meios, ou a Alimentação Vampírica.
Vampiros possuem outras formas de extrair a vitalidade que
necessitam e como a maioria dos seres vivos a fazem por meio de outro
ser vivo, ou seja, tomando-lhe a vida, ou parte dela.
Comumente no folclore e mitologia essa tomada de força e vitalidade
se dá através da ingestão do Sangue.
Biologicamente pensando o Sangue é veículo responsável por
transmitir os nutrientes e alimentar todas as células do corpo, seja com
os componentes vindo da alimentação quanto com oxigênio.
Componentes vindo da alimentação ... logo nós vem a idéia de que,
além das substâncias físicas que consumimos ao nos alimentarmos e
que são transformadas em nossa pele, ossos e órgãos (afinal nada se
cria tudo se transforma), percebemos que o sangue também deva
transmitir a “vida” ou “força vital” que retiramos dos alimentos, ou
seja, de outros seres vivos.
Em que pese essa breve discussão o Sangue parece ser um tema por
demais interessante e prolongado para discutir neste ensaio, mesmo


porque este perdeu-se uma vez que inevitavelmente me aprofundei
aqui no que pense sobre o Vampirismo.
De algum modo os Vampiros então teriam outros meios de obter
vitalidade dos outros seres vivos, diferentemente da alimentação como
assim a conhecemos (ou seja comer, ingerir parte de um ser morto),
mas sim ingeririam a vitalidade de um ser ainda em vida.
Isso traz uma questão interessante sobre a suposta imortalidade dos
Vampiros.
Todos os seres vivos sem exceção alimentam-se de outros animais
mortos. Ingerem em seus corpos partes ou pedaços do corpo do ser
vivo que irá servir de alimento, o que de fato não aconteceria com o
Vampiro.
Isso de fato me lembra as aranhas. Elas só gostam de alimentar-se de
animais vivos, os quais ela tem que matar para comer. Porém
invariavelmente elas matam o animal e o digerem.
Vampiros então poderiam ter a capacidade de obter a vitalidade
através de um meio, não comendo ou ingerindo pedaços da vítima (o
que de fato matéria a maioria dos seres vivos, ou ao menos o pedaço
ingerido), mas conseguindo extrair diretamente da fonte a Vitalidade
que necessitam.
Assim, alimentando-se diretamente da Vitalidade de seres vivos, eles
estão de fato consumindo “pura vida” o que poderia os manter
eternamente vivos.
Isso merece ser melhor elucidado. Pegamos o ser humano. Ele retira
sua vitalidade dos alimentos. Ele para conseguir retirar a vitalidade de
algum alimento precisa que este vá para o seu estomago onde acontece
várias reações que pegam aquele pedaço do ser ingerido e
transformam em nutrientes que irão ajudar na construção do corpo
(células, etcs ...) e também retira a “vitalidade” roubando a energia
daquele ser e repassando ao ser humano.
Pensemos que para conseguir ingerir algum ser vivo, o ser humano
inevitavelmente acaba por mata-lo. Mesmo que coma algum anima
vivo o próprio processo digestivo, iria com seus ácidos matar o animal
para que assim se extraísse o que necessita para sobreviver.
Logo a vitalidade e nutrientes só são extraídos de seres vivos mortos,
mesmo q brevemente mortos antes de acontecer a absorção necessária,
porém invariavelmente mortos.
Mesmo comendo um pedaço de dedo humano por exemplo, outro ser
humano, este dedo iria ser desligado da circulação de sangue que o
mantinha vivo, fornecendo oxigênio e demais “coisas” necessárias para
a vida, fora que o ácido digestivo do estomago iria destruir o dedo em
milhões de pedaço, mesmo q este ficasse ainda vivo fora do corpo
originário por algum período de tempo.
Poderíamos portanto dizer que o fato de a vítima morrer antes de ser
ingerida, o que acontece com todo ser vivo, faz com que a “vitalidade”
e “força vital” repassada não seja em sua forma pura, seria como se ela
alimentasse as células e o organismo para continuar vivendo, porém
sempre haveria uma perda, o que invariavelmente no decorrer de
tantas perdas leva ao envelhecimento e posteriormente morte.
Pensando novamente sobre os seres vivos que mais vivem, vemos os
vegetais. Eles extraem sua vitalidade de fontes “não vivas” o que de
alguma forma parece ser mais “pura” que as das vivas, porém deve-se
levar em consideração ao forma de seus organismos e o baixo consumo
de energia dos mesmos.

Vampiros, portanto possuem uma forma de retirada de vitalidade em
que a própria vitalidade não cessa a vida, ela continua em um fluxo
perfeito, vindo do ser vivo para o vampiro, não perdendo-se nada
sequer de energia, o que explicaria portanto a sua vida eterna.
Pensa-se, se este consegue retirar a vida direta de um ser vivo para si,
esta continua pulsando em si como se nunca tivesse morrido, pura,
limpa, sem déficits, sem perdas.
Falamos do sangue como a forma comumente conhecida através da
qual os Vampiros mantem-se vivos, logo seria dali que eles retiraram a
sua vitalidade.
Impossível não lembrar dos sacrifícios de sangue e vários rituais
mágicos que utiliza-se sangue como fluído energizante, ou mesmo do
mito de selar com sangue pactos.
O sangue possui profunda e poderosa carga de energia, vitalidade,
nutrientes, enfim ... de vida, porém novamente ressalto que
posteriormente irei ater-me ao assunto de analisar o sangue e suas
propriedades.
Voltando a idéia inicial das comunidades vampíricas e da existência
dos Vampiros Nascidos.
Como já dito, estes seriam seres que não conseguem obter vitalidade
pelo modo de alimentação que conhecemos, necessitando de forma
subsidiária ou absoluta de outro meio.
Subsdiária, pois teríamos que de fato talvez os Vampiros Nascidos
consigam retirar parte da vitalidade que necessitam dos alimentos,
como por exemplo os nutrientes para construir seus corpos, afinal a
membrana de sua célula é constituída de vários elementos que tem que
vim de algum lugar.
No entanto a “vida” ou “força vital” do mesmo talvez não seja
eficazmente obtida por meio da alimentação, razão pela qual este
possuí outro modo de obter a mesma.
Aqui entra meu primeiro adendo sobre o Vampirismo Psíquico ou
Vampirismo Energético.
Primeiramente não vejo necessidade alguma de diferenciar
Vampirismo Psíquico de Vampirismo Energético ou Vampirismo
Astral, ao menos nesse momento.
Vampirismo Psíquico seria a tomada da vitalidade diretamente da
fonte, da força universal e intangível, de uma “energia” não física que
carrega a centelha de vida, vulga força-vital, chi, Ki, ou prana, por
meio psíquicos, ou seja com a mente, ou psi (alma).
O mesmo seria o Vampirismo Energético, ou seja, Tomar a energia de
outro ser vivo para si, sua vida, sua vitalidade.
E Vampirismo Astral por sua vez seria a tomada de força vital através
do corpo astral, que a meu ver não passa de uma extensão da psique
mente e uma forma de psiquismo, porém analisarei isso mais adiante.
Assim ao que parece, o Vampiro mitológico que suga sangue talvez
exista, porém seu sistema orgânico teria que ser diferente de um ser
humano, aliás muito diferente, uma vez que, mesmo um auto
intitulado blood-vamp (vampiro que bebe sangue) tem necessidade de
ingerir o sangue, que vai para seu estomago e é quebrado pelo seu
ácido gastrico. Ao menos não conheço nenhum blood-vamp que não
ingira alimentos ou necessite de tais, ou ao menos tenha ouvido falar,
exceto nas lendas é claro.

Tenho uma suposta teoria de como poderia haver o Vampiro
Mitológico, ou seja aquele que de fato só se alimenta de sangue e etcs,
mas isso deve ser feito em uma hora mais apropriada, o importante é
saber que, um Vampiro para retirar vitalidade do sangue de algum ser
vivo teria que ter um organismo diferente de todos que conhecemos, o
que até então não é constatado.



Mr. Yoshi Copyrights
mr.yoshis@gmail.com

Um comentário:

  1. Se formos analizar o passado dos mamiferos o metabolismo dos vampiros não seria tão diferente assim já que todos nos quando pequenos retiravamos nossas energias de otro ser vivo por meio de liquidos(leite)que analizando bem tb seria puro e cheio de energia e vitaminas assim como o sangue então nesse caso o vampiro seria alguem que posui um organismo semelhante a de 1 filhote de mamifero porem quando cresceu e evoluiu assim como nos nessecita de + nutrientes que não tem só no leite é onde entra o sangue pois nele ha todos os nutrientes nessesários.

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